martes, marzo 04, 2008

Residente, Diário

Sexta Feira 18 de Maio

* Descendo ate o centro de conferências.

* Esperando para levantar a acreditação (palavra engraçada).

* Microuniverso-Gulbenkian.

* Um desfile.

* O segurança assegura ao Kapa que há uma situação…

* Em fim…

* Sentado na primeira fila. Como no teatro, só que aqui estou sozinho.

* Vieram-me dizer que as duas primeiras filas reservam-se a administração.

* Respondi “eu [ainda] não administro nada”. O ainda foi entre dentes.

* Sentado na terceira fila.

* Penso no status.

* Estou suspenso pelo pensamento.

* Pelo menos não tenho alergia.

* No púlpito há um lugar para o copo de agua.

* Começa a lenga-lenga

* Casaco sim, gravata não.

* Ainda não ouvi o “bem vindos”…

* Aí está, o Marc Ferro. Vai falar do Ressentimento na Historia.

* Ele fala do ressentimento dos árabes, dos mouros, que diz vir no século XV

com a sua expulsão da Espanha.

* Diz que o passado é mais presente que o presente para os povos islamistas

(extremistas).

* Não consigo respirar pelo nariz. Abro a boca.

* Está calor.

* “ […] alicerce do dominador que se tornou dominado […] O povo africano

nunca dominou ninguém […]” Diz ser este o quid da questão com os

islamistas.

* Os furiosos, os ressentidos, depois da guerra entraram a formar

parte dos fascistas.

* O Marc fala em francês e a mim apetece-me dormir, dormir…

* O Marc tem 83 anos, nasceu em 1924. Ele pôs a bengala por cima da mesa

* Cristianismo, perseguidor, perseguido, os judeus não cristianos. O

ressentimento binário (eu se fosse outro ate ria aqui).

* Os heréticos. Diz que o Papa decretou, há muito tempo, a cruzada contra os

cristianos.

* O meu intelecto está de ferias.

* O ressentimento hereditário, nos genes. Cá eu, devo também ter disso.

* Isto foi um rebuçado introdutório. Deviam dar almofadas.

* “O ressentimento não está debaixo de cada pedra”. Uffff…

* Revolução Russa:

- Os advogados começaram a revolução pois tinham consciência

dos problemas dos cidadãos

- Lenine estava ressentido pelo assassínio do irmão.

Lenine era um doutrinário marxista.

* O Marc tem muito para dizer, está no ponto primeiro e há seis. Ele diz que

em 1909/1910 cada pessoa tinha passado por uma humilhação individual.

* REVOLUCION

Majruh

* Os soldados fazem as novas regras militares. Os estudantes fazem o novo

programa de estudos. Ate as crianças se organizam.

* A fase II: a cólera das pessoas que não querem que se esqueçam delas.

* Agora fala dum discurso do Lenine que, em 1917, mudou o diâmetro (sim,

sim diâmetro). Que exultou a violência…

* Estou cansado.

* Eu percebo o que o senhor Marc Ferro está a dizer, mas estas palavras

dificilmente puderam-me nutrir, energeticamente.

* “O mundo islâmico é esquizofrénico […] num lado o ressentimento, do outro

os islamistas […]”. Não percebo.

* Ta bem, agora diz que somos todos esquizofrénicos.

* Ele tinha um jardineiro comunista que acedeu a trabalhar no jardim da sua

casa na campanha francesa porque ele estava a estudar a Revolução Russa.

Nunca falaram nem uma palavra de política. Falaram de outras coisas, mas

não de política. “Um pouco de salsa – que fica bem em tudo – umas

courgettes , mulheres, etc”. Um dia, depois de mais de trinta anos, ocorreram

os atentados do 11 S. O jardineiro disse-lhe então “Os americanos levaram

bem nas trombas, eh?!”

* África do Sul – o milagre da reconciliação.

* Ah, ah, estes são os exemplos bons, para desdeprimirmo-nos.

* O Marc de vez em quando diz alguma palavra em árabe, como “bezef”.

* Historia do industrial belga-israelita que ouviu dum colega alemão “nos os

alemães finalmente perdoa-mos os judeus”

* Os historiadores são os que preservam o ressentimento.

* Os polacos. Eles estão ressentidos, protestam por tudo. Um povo crucificado.

O hino deles diz que se tivessem mais território poderiam se tornar a Polónia.

Eles pensam que foram eles que salvaram a Europa (e foram); da Revolução

Bolchevique, do Islam, dos nazis, etc. Os russos trocaram o 6 de Outubro

(data da revolução) como festa nacional. Consultaram os historiadores e

decidiram-se pela data da expulsão do embaixador da Polónia da Rússia, que

acontecera no mesmo mes. Os polacos foram traídos pela Alemanha, pela

Rússia, França.

* Oito horas. Não da para perguntar.

* É pena. O meu consolo é olhar para o altar com fruta colocado no cenário.

* Toca sair de aqui.

Sábado 19 de Maio

* Bem vindo.

Voltei aos encontros atrasados, atrasadíssimos. Aos buracos que propiciam

quedas. Aos resultados dependentes de negociações.

* Sim, a partir dos Pirinéus estamos em África.

* E em Lisboa é subsahariana.

* Hoje o ?lex faz trinta anos, ele e a Ainhoa fazem dez anos juntos e ainda

estreiam casa. Na Segunda o Alban vai embora para o Brasil. Dia de FESTA!

B O B

Domingo 20 de Maio

* Deitado no jardim da casa. Como almofada o coração vermelho da Noa e o

?lex. Agora mesmo ele mandou um beijinho da janela de cima. Estava de

tronco nu; vestia só um sorriso.

* Ontem não fui a conferência.

B O B

* Volta a Gulbenkian. Vamos a Lygia!

* Pelos vistos ontem houve perguntas.

* A Suely fala brasileiro.

* A ler.

* “[…] Garantiu a respiração crítica […]”.

B O B

* Penso em como é a recepção duma obra d´arte.

* Corpo vibrátil. Colapso de sentido.

* Meu Deus! Mal começou e eu nem manter os olhos abertos

consigo… como é que vou aguentar uma hora e meia?!

* Urgências na sensibilidade.

* Consigo imaginar a tortura do sono. Que horror!

* A Suely continua lendo.

* Será que não podemos transitar pelo quotidiano sem criar forças

de roçamento, desgastantes, repetidas? – pergunto-me.

* E o calor que está na sala…?

* E se eu desmaiar…?

* Preciso de escrever senão adormeço.

* “Fantasmática”.

* Calor.

* Interessante. Fala da progressiva inibição (experiência traumática) da

capacidade do bébé em se relacionar com o seu entorno em detrimento da

linguagem. Depois o bebe vai interpretar o mundo em relação a esses

traumas è “imagems fantasmáticas”.

* Objetos relacionais à estructura do self.

* “[…] Ajudar a vomitar essa tralha da fantasmática […]”.

* “[…] Inibir experiência vibrátil do mundo […]”.

* Agora a Suely já não lê. Fala da psicanálise, seu terreno.

* Estou assim por ter comido a pizza e não ter bebido o meu cházinho. AY! Meu

cházinho.

* Volta a ler.

* Um colchão, uma almofada.

* Volta a ler.

* Isto não consegue ser uma meditação. Se fosse, eu adormecia.

* Volta e continuamos a ler.

* Yo me cago en las bolsas de agua!

* Mais ler.

* Já passou o pior. Agora os olhos não me caem.

B O B

* Mais ler. A Suely é muito simpática, mas tantos diagramas do poder lidos…

ufa!

* EROSÃO

ERUDIÇÃO

* CARTOGRAFIA DAS FORÇAS EM JOGO

* Como explicar uma coisa simples com o maior número possível de palavras?

dibujos

* Agora ligam o ar condicionado. A buena hora mangas verdes.

* Acabou… com a morte de Deus

* Toca a andar

*

Segunda 21 de Maio

* Vão demolir a casa ao lado de este prédio. A que tem as palmeiras. VIVA!!!

De certeza vão construir um prédio bem alto. VIVA!!! Com sorte temos

barulho, pó e vibrações para um ano. VIVA!!!

* Para abrir uma conta a senhora quer 1 centímetro quadrado da minha pele.

* Entrei num bar. Um homem de camisa azul, bigode branco e óculos contava

as moedas da máquina de tabaco ao balcão. Eles ficaram suspeitos de mim.

Eu fiquei suspeito de mim também. Agora não sei se pegar num desses

enormes pasteis de nata e sair a correr ou ficar a continuar suspeitando.

Podia pagar com um dos bilhetes de 50 que levo no bolso. Esquecido e

suspeito de mim, como não abri uma conta, fiquei com os 200 euros pra aqui

a boiar… Em fim, estou na Graça.

* Lá foi o Alban.

1º a Barcelona

2º a Frankfurt

3º a Salvador de Baia

4º a … não me lembro

boa viagem amigo

ate já

Terça 22 de Maio

* Hoje acordei da luz da janela

E com a barulheira das gatas.

Neste lar agora são cinco:

Piteripoweris, Maluga, Mimi,

Rosita e o bébé Carvãozinho.

* O encontro com a Vera foi muito agradável. Vi o grande hall do CAM. Ta a

ficar giro.

* Primeiro Qigong na Gulbenkiang.

* De um grupo de adolescentes oiço:

- É um desperdício de sumo.

- Com criancinhas a morrer em África…

* Na conferência da Gulb. Com ?lex. Primeira fila. Vamos ao professor Miguel

Vale de Almeida do ISCTE.

* Isto vai ser uma lição.

* Traços nos mecanismos de discriminação.

* O espectro da diferença.

* Todos diferentes, todos iguais

* Este tio lê bem.

* Prefiro ouvir.

dibujo

* “[…] estado e nação vão perdendo o hífen que os unia […]”.

B O B

* Actualizar um passado que nunca existiu = nacionalismo

* Gosto destes pensamentos e discurso todo a banhar os neurónios. As vezes é

revigorante.

* SUPERMERCADO CULTURAL

| nichos |

diagrama

* Utilização da cultura para conseguir benefícios e melhorias.

* Luso-tropical (sociedades luso-tropicais)

* “[…] Os imigrantes não são aqueles com quem nos misturamos[…] os

imigrantes negros ocupam as margens do centro da produção social e … […]”

* Lusofonia è conceito, espécie de soberania da língua (ironia)

* Narrativa com ancoramento histórico… (nice frise).

* Reconhecem-se os direitos humanos universais mas é preciso se fazer parte,

estar integrados num pais. Os imigrantes não o estão, não tem aceso.

* Separar o simbólico e o material

ßestão conectadosà surge desigualdade

* A essêncialização pode levar a uma despolitização.

* “[…] Usar de forma instrumental as categorias com que pensamos o

Mundo […]”.

* “[…] Definição vinda de dentro e de baixo […]”. Eí, uah, ela!

* “Colonialismo conceptual [deve ser pegado pelos cornos]”.

* Primeiro organizar conceptualmente a casa.

* Foi boa a conversa, pena ter lido quase tudo.

* Picamos em casa, o ?lex e eu. Agora War and Peace.

* Filme SENSACIONAL ! ! ! de bom do Anand

* Uma dançarina paquistanesa, falou no sufismo e na repressão das mulheres e

das artes, disse que o governo proibia as dançarinas porque “um artista

com integridade pode tocar as pessoas. Ao toca-las, neste contacto, pode

transforma-las” - olé tus ovários!

* Quem me dera o avo Fernando ter visto este filme, ele ia adorar.

Quarta 23 de Maio

* Comecei a passar as notas ao computador.

* Meu coração bombeia fortemente.

* A minha frente sentou-se um jovem que e disse um olá natural.

* Com os vizinhos da frente – colegas de residência – falamos sobre

pez/pescao, fixe e bala (rebuçado – êxtase).

* Vamos ao antropólogo Daniel Miller.

* Yeah, yeah an englishman, a showman to what it seems.

* E mexe-se.

* SOCIEDADE

midle terrain à antropologia

CULTURA

* Tamos a lidar com sociedades muito grandes e muito pequenas.

* The world of intellectual culture.

* Sem dúvida estamos numa peça de teatro: Shakespeare.

* Ele não chega a meter a mão no bolso.

* Global society.

* Miro a Ainhoa, delante mio, depois olho pra o Miller e percebo os ritmos, as

quebras… impressionante.

* “ Let´s take a very different practice: sex”

- Fala das mulheres que não só gostam do masoquismo nas

relações sexuais, como desejam também se submeter a seus

am@s no seu quotidiano; a imagem de uma mulher encadeada

o dia todo à espera da chegada do marido do trabalho é muito

forte.

- Dos homens que tentam e fazem por ser infectados com o HIV.

Sem comentários.

* Às vezes acelera tanto que, tenho a certeza, nem ele próprio sabe o que é

que diz… provavelmente diz o que sabe.

* Theorizing fashion

Abrir o guarda-roupa de manhã e, com centenas de peças de roupa dizer “não posso ir a rua, não tenho nada pra vestir.

* Com a mão ali tão estranhamente apoiada, quase consigo imaginar o senhor

Miller a ter uma erecção.

* Metasociologia.

* “[…] Os indivíduos estão-se a tornar, cada vez mais, como uma

sociedade […]” à podendo então ser estudados pelos antropólogos.

* Ele mete o dedo índice da mão esquerda no bolso das calças, o resto da mão

fica ali a descansar.

* Às vezes dá saltinhos.

* Fred Myers --- trabalha e escreve sobre os aborígenes.

* Ele diz que vai ir mais rápido, é possível?

* Há coisas que as sociedades não intercambiam: o inalienável. Ed Weiner.

* Extremist dicipline = antropologia. A sua definição pessoal de uma disciplina

que lida com os extremos.

* A minha pergunta sobre a sua visão da iarte, reponde-me da estética no

seu discurso. Atrás de mim aconselham-me ART AND AGENCY do Alfred Gell.

* O último livro que ele escreveu é sobre o impacto dos telemóveis nas famílias

jamaicanas, interessante forma de viajar a antropologia.

* Cá para meus botões: quando é para falarmos com propriedade, honestidade

e autenticidade vemo-nos restritos a nossa experiência e sobre tudo, à

prática.

* Acabou. Fixe.

* Encontramo-nos uma senhora idosa e eu. Ela disse que a palavra estética

vem do grego. Por um lado aisthesis sensação; por outro ica, relativo a.

Depois conto-me uns segredos que, obviamente, não vou revelar. Muy maja.

* E se não bastasse, encontrei o André: yuppi, uákala , ie ie YEYEYE puf paf

ik plin doiunng!!! Ele a Ainhoa o ?lex e eu fomos tomar uma sopa ao deserto

café Babelia.

* A noite o filme: Cês Rencontres Avec Eux de Jean-Marie Straub e Danièle

Huillet. Gostei muito. Pareceu-me autêntico, seria o último filme da Danièle

Huillet. Algumas frases:

- Tudo o que os homens tocam torna-se tempo, acção… - morte (?).

- Esperança é dar nome ao futuro.

- Os mortais contam as historias com sangue

- Eles tratam o presente e o futuro como o passado.

- Agora é um sítio terrível e sagrado.

- Não há um instante por subtil que seja que não venha do silencio dos

Origens.

- Vivo com te e me sinto vivo – Coisa tão bonita para dizer a alguém

Quinta 24 de Maio

* Ao acordar, lembrei-me que os 200 euros ainda estavam por baixo da

palmilha do sapato e fui tira-los; e ainda bem porque estavam já perto da

desintegração. Seria uma forma bem parva de perder essa preciosidade

dourada de valor incalculável. Agora quando for pagar seja o que for vai ser

divertido me lembrar onde é que aquelas notas estiveram.

* Chove ///////// mas o merceeiro disse que esta chuva é ma para a colheita.

Diz os morangos e as cerejas não gostar.

* Hoje estive numa loja. Nela trabalhava uma mulher de uns quarenta e

poucos anos. Cabelo escuro com algumas madeixas descoloradas. Vestia

calças de ganga (adoro o nome “calças de ganga”) e uma t-shirt branca e cor

de rosa com mangas compridas. Ate aqui tudo normal.

Quando entrei na loja, imediatamente ela tirou um bolso preto que

estava sob o balcão e colocou-o de forma a ficar o mais longe de mim

possível, mas ainda encima do balcão. Nesse momento ela estava a atender

uma senhora que procurava qualquer coisa que não era bem aquilo. Reparei

melhor nela. Fascinante.

Ela tem um corpo com pronunciadas curvas, um cu grande e mamas

grandes e redondas; ela é baixinha; parece que uma enorme mão apertou

com força o corpo dela e assim ficou. Mas o melhor foi a inscrição. Por baixo

da curva que formavam seus seios estava escrito EIGHTIES; que imagem que

metáfora linda e que fome!!!

Fiquei excitado, as formas, os volumes e o passo do tempo. Não

conseguia desviar o olhar, ate pensei em tirar uma foto; mas não tinha a

câmara comigo e depois, ela estava ali, tão inconsciente de tudo, tão

preocupada com o bolso dela e com atender @s client@s...

Um amigo mexicano certa vez disse-me “o que eu mais gosto é de fruta

madura” é claro que o brilhozinho a surgir do fundo em seus marotos olhos

pretos é irreproduzível.

Guardo o sorriso dela quando nos despedimos com um normalíssimo

bom dia

* Já agora, o pessoal do ministério de justiça é muito impertinente.

* Hoje não há circum-conferência.

* Há inauguração as 21h30 na Casa d`Os Dias da Água, mas que nome tão

especial para um lugar.

* Já me ia esquecendo, esta manhã deu tempo de fazer mais uma brincadeira:

Foto

* Aquilo que a senhora dos Eighties me vendeu foi uma lâmpada fluorescente.

Sua luz iluminará, a cozinha; também.

Sexta 25 de Maio

* Chove

* Meu pequeno almoço foram frutos secos. Uhmm, tão bom, as pevides de

abóbora para a próstata.

* O pai ainda não sabe quando vai ser operado.

* No 726 a Sapadores.

* Relax…

* O céu está de um branco fumo.

* Engraçado, as meninas em fato de banho em todas as paragens.

* A frente está um casal com uma filha pequena. Ele adormece.

* Streaming à com feridas

* O Pinto Ribeiro já está de volta de Cannes.

* Hoje é o Bernard Stiegler. Ele mudou o título: “Faire Atention”.

* 40 % bebés que vêem tv

90 % bebés de 2 anos que vêem tv à é mais fácil sofrerem de deficit de

atenção

* A psicotecnologia gera um deficit de atenção global.

* O Bernardo é tapado as vezes por uma careca torrada.

B O B

* Um psicopoder de estado que luta com outra … não sei que de marketing.

* Softpower.

* Diz que no fim do século XIX a cultura era um privilegio da.

* Democratização da cultura – industria cultural Adorno (que era, sem

brincadeira família minha)

B O B

* Ele estudou geometria mas virou filósofo.

* O homem é essencialmente inumano.

* - aquisição da capacidade de concentração

Atenção

- ser social, civilizado.

* Há psique humana é formada por desejo.

* Metaestabilidade.

* A individuação colectiva. Não se pode separa o psíquico do colectivo.

* Sócioterapia.

* A técnica de ser.

* Energia social à sublimação humana.

* Tamos na sociedade de controle. Duas fileiras a frente há uma senhora

vestida de preto que se desvive e desespera. E bufa e sofre. Ela toma

anotações com um lápis de olhos, vai escrevendo e forma um labirinto de

palavras.

* Uma fileira atrás está a careca que não deixa ver o Bernard. O homem que a

traz e que tem vestida uma camisa feita com quadradinhos passou a

conferência toda a ler revistas de viagens. A última: Malta

* É a máfia que guia o Neocapitalismo. Rússia, China, Estados Unidos.

* Ele agora está a mandar vir. ACORDEM, fixe fixe.

* Diz que as crianças não se podem educar porque a atenção é roubada pela

tv. São cada vez por menos tempo capazes de estar atentos.

* Agora mete-se com o Monsieur Barroso.

* Fala da educação para mudar o destino.

* OTAKU – crianças no Japão incapacitadas de ir a escola, há um milhão.

* Sinto-me regredir.

* Esta Noite não esta a ser muito fixe…

Sábado 26 de Maio

* Algas panadas e quinoa, almoço.

* Passei a tarde a ouvir Two Princes dos Spin Doctors e a versão de Wild World

do José Feliciano.

* Estive a reler o já escrito, fiquei impressionado com a minha objectividade

científica, igualzinha as conferências… não passo de um palhaço, e ainda

bem.

* Paul Gilroy, o mais cool e cheguei atrasado… O primo do Bob McFerrin.

* Agora na primeira fila perante uma imagem projectada. Ele está de pé. A

energia não é a mesma. Interessante.

* O ritmo é respiração.

* Vamos as raízes: colonialismo

- Refusal to engage racism

segregation

Exportado dos USA.

* Não simplificar o racismo.

* Escatological terror à ?

Ética ----- (contexto) framework: Guerra Sante

* Assumir (vídeo).

* Tem uma casaca mostarda.

* Deixar de importar as tecnologias racistas.

* Deixar de usar a raça como medida.

* Multicultural networks.

* Irrecuperable past à Condoleece Rice

* Vamos ao repaso a Europa. Na na na ná … past colonial crimes.

* Por fim ao sofrimento próprio e alheio, estou pensando. Evoluir, sarar.

* Conta como o Gordon. Brown afirmou “É hora que os britânicos deixem de se

desculpar”. O Paul diz ele ter estado listening quiet hard, e nunca ter ouvido

ninguém pedir desculpas.

* Idem a Portugal, Holanda.

* Culture of denial (países nórdicos)

Weapon economy ß países contra os que não lutam.

* Ele diz que os terroristas falam perfeitamente inglês e que os questionários a

perguntar quais foram os reis e as rainhas ingleses não servem de nada.

* Redefinir a cultura europeia.

* Variedade de engano/desilusão

- - -

Cultura que não se anuncia politicamente.

* O Paul fala com o copo de água na mão.

* Equal worth, Ch. Taylor.

* O mr. Gillroy também lê. A quantidade de conceitos a manejar.

* Já disseque o Paul tem rastas. Eu também já tive, pequeninas.

* Home grown terrorists.

* Nesta sala, lá a frente; uns cabos a saírem do chão.

* Outro golinho.

* Islâmico-fascismo

* Perversion of enlightenment. Me encanta.

* Alguém está a afogar seu telemóvel.

B O B

* Ler muito deve fazer mal, não?

* Que delicado como propõe as pessoas lhe fazerem perguntas.

* Quando alguém fala largo tempo sem se mexer e olhamos na sua cara

fixamente, é engraçado o efeito que produz, as nuances.

* Culture of ignorance <------- a esquerda pensou a ignorância ser um vácuo

no qual o conhecimento iria ser sugado.

* Habilidade cultural

A lógica de

* Privatização da cultura.

* Diz estudantes e intelectuais serem muito diferentes, nestes dias.

* Falando no sistema norte-americano; Limite entre dívida e educação

Privatização da cultura

Individual good corporate good

* Dramaturgia do poder ß nível de analfabetismo.

* Fala das dimensões da ignorância e a sua “industrial shape”

* E muitissssimo melhor quando falam e não lêem. VIDA! Interacção.

* Ele gosta do Brasil. Como utopia.

* A sala está a ficar inquieta.

* Conviviality. Ordinary encounters. A oportunidade de convívio nos encontros

rotineiros, de criar confiança de praticar com o exemplo.

* Este tio es mi ídolo.

* Security

Governo

*O anDRÉ veio ao jantar de meianoite

* Não resta qualquer tipo de dúvida: LOVE – A M O R

05h05.

Domingo 27 de Maio

* Estive a ver residências na Noruega e no Japão, países com dinheiro e

condições excelentes.

* Vamos ao Andy C. Pratt que parece o Erasehead do Lynch com óculos e

sorridente.

* Assistência computorizada.

* A cultura mudou e nós temos que mudar.

* Ele tem telecomando ou “pirulito” como o chamava o meu avo.

* Triângulo lilás, à volta cultura.

* Superorganic form of culture. Proponho Superorgasmic form for culture.

* Economic à art values

à impact

* The making of culture.

B O B

* The state knows best, Adorno.

* The art disease.

* “Un-economic”.

* É engraçado as pessoas a resfolegar… lembram baleias a expelir o chorro de

água ao virem a superfície.

* Vamos de journey

designers

* “They´re all around” artists

(o álbum dos Tortoise) trabalhadores culturais

* Euro-crap.

* “[…] We need to be very careful in the spotlight […]”.

* Gosto de pensar que existe a possibilidade do C. Pratt trazer um frasco de

anfetaminas no bolso das calças.

* “[…] In many places you have fancy buildings but very little going on

Inside […]”.

* O tempo que o som está no ar, que as palavras cruzam o espaço ate nossos

ouvidos e no outro lado o silêncio. Quanto de cada um?

* Em 2003 a Europa destinou 654 biliões de euros para economia cultural.

* O telecomando tem um ponteiro laser integrado.

* Marketisation of culture.

* O Pratt e o Miller fariam um belo par de dançarinos.

* A Islândia é o pais que mais gasta em cultura.

* Re-conceptualizing culture.

* Output and process. – deixas-me ver o teu output? (ji ji ji).

* ------à Reconceptions ß------------

* Se calhar usa um pente electrificado. ILUST.

* “Lets move very quickly”.

* We need new institutions.

*No esquema projectado: We all cannot be winners.

* What about the loosers?.

* Agora fala do “franchising Gugguenhein”.

* Mesmo por trás estão sentadas duas mulheres que por terem os escutadores

de tradução falam em voz alta.

* Copyright individuals

CORPORATIONS

* Fair use - - - eroded being.

* Piratas e Bollywood.

Um filme é feito em Bollywood. Na viagem do master-copy a fábrica duplicadora, “desvia-se” e uma fábrica pirata em Karachi começa a fazer copias e distribui-las muito antes da estreia do original – O ?lex e eu vimos isto mesmo acontecer em Casablanca, no Marrocos, com os filmes de Hollywood – o que sucede é que na Austrália vêem o filme antes do que na Índia. Os produtores do filme para poderem entregar cópias mais rapidamente compram algumas cópias piratas. O mais insólito é que para aumentar a margem de lucros desejada , são os próprios piratas que investem na indústria dos filmes em bollywood; stonishing, ah?!!!

* Barateiro, dRE, Henrique, Inaiê, Miguel e eu na Babel. A jantar.

* É muito horrível – diz o Barateiro do desenhar – Fico vazio […] Sadomaso.

* La Rabbia de Pasolini de 1963. Filme condenso. Forte. De uma outra época;

forte; onde as palavras liberdade, sub-proletariado, morte, burguesia, dor,

exílio, guerra, revolução, independência … tinham outro significado; menos

publicitário, menos hipócrita. A poética do Pasolini, simples, profunda e

crua. É preciso ver filmes destes.

* Fui com um amigo entregar um envelope e sela-lo com a data de Sexta, há

dois dias!. Tudo é possível, deadlines não são bem deadlines, são prazos…

Segunda 28 de Maio

* A passear com a Biuli pelas arribas do Cabo da Roca à Praia da Ursa.

* O Oceano, o Céu e a Terra encontram-se. Festejos.

* Flores e pequenas plantas testemunham; titilando de alegria.

Um tapete de verdadeira cor.

Emoção.

* Cada passo traz um cheiro, um mundo olfactivo, um rasto invisível.

* Movimentos fora do tempo. O tempo humano.

As ondas do Mar a gerar, a parir seu próprio tempo. Entre os grunhos,

sorrisos em dor.

* O fim da Humanidade.

O principio do Mundo

* O Sol é costas.

* Mais nada. Estou aqui.

Sou

* No vale dos Berlindes, Sintra. Comemos na rede.

Este é um daqueles momentos … de estar vivos.

Mãe e filho, homem e mulher, ser e ser; pendurados entre duas arvores, o

Sol nos rostos; adormecem.

As palavras caem,

pelos buraquinhos da rede

Quel Bonheur

Paz

* Longa caminhada pelos bosques: fábrica abandonada, eucaliptos-escultura

altíssimos com o tronco pelado e de um brilho marfim; seu queixume. O

eterno jogo de sombras das arvores e o vento correndo pelas montanhas

como se fossem só altinhos. As formas da natureza. Espelhadas.

* Até guiar foi fluir.

O fluxo de movimentos, consciências, luzes, sei lá o que.

Sinto-me descansado. Sem conflitos.

Foi um grande dia.

Com a Biuli.

* G A S H ô (obrigado)

Terça 29 de Maio

* Chegado a sala, projectado no ecrã dj spooky. Parafernalia sob a mesa e,

claro, uma maçã luminosa rodeada de um rectângulo cinzento. That

subliminal Kid.

* Apresentada fica a Juliana, brasileira, coleguinha da dança.

* Let´s go.

* Start the beat com baleias electrónicas.

* As pessoas continuam a fla.

* O dRÉ sentado ao lado.

* O Paul D. Miller com os olhos colados ao ecrã do portátil.

* Duas filas mais a frente está uma miúda com uma tatuagem em forma de

mesmo por baixo o pescoço, entre as omoplatas.

* Não esperar, não desesperar. Faz todo o sentido.

* E as pessoas continuam a falarem.

* Hi primeira palavra.

* Frames of reference.

Ilustra

* Open-source culture.

* Ele faz distribuir cedes para todas as pessoas na sala; cada pessoa tem um

diferente.

* “[…] The network about people it´s to Exchange […]”.

* The recorded took over the alive.

* Século vinte e um: mass costumization.

* Ego-trippin empire – british being

* Agora exemplos de bpm.

* Reconhecimento de padrões.

* Non linear era of simulation.

* Das origens da palavra portuguesa fetiche.

* Filme de Georges Méliès.

* Vamos aos beat poets.

* Art pond artifice

* The artist translates the media: another world it´s possible.

* Video clip de Hip hop.

* Narrative of fragments.

* O Paul é agora o deejay spooky. OKAY.

* Fala do seu vizinho Richard Serra.

* Next step: Why not? What can be do with it? ex. Youtube.

* The Art of Noise. Luigi Russolo.

* Chosen Records, Arthur “Duke”; Jamaica.

* Dub statics. The ghost of media

* O Spook não lê uma linha.

* O Chico faz uma pergunta.

* “They always learn from the kids”.

* New form of community.

* www.djspooky.com

B O B

* Chegado o final da conferência fomos falar com o Paul e ver os

instrumentos dele. Perguntei-lhe sobre as raízes “Oh mãe, os frangos vem

da arca do Pingo Doce, ne?”. Então alguém amandou um dos cedes para o

cenário. Vim saber depois que fora um acto do colega músico na residência, o

Simão.

* Vendo um filme mesmo chato. Nem sei por que não me vou embora.

* Se calhar por não abusar da paciência das pessoas. Fiquei.

* De todo se aprende. Faz sentido.

Quarta 30 de Maio

* Conversamos, o Simão e eu sobre o que aconteceu ontem.

* Cá estamos. Mais bilhetes que a Vera tão gentilmente nos trouxe.

* Nesta conferência num dia de greve geral, há uma pessoa que vem

apresentar a larga lista de méritos do professor Filipe Duarte dos Santos.

* Sustentabilidade, cultura e evolução.

* Paradigma do crescimento, em grandes letras projectadas em quanto o

homem fala apoiado no púlpito e de pernas cruzadas. É cá uma foto.

* Vamos ao ambiente; como dizia o outro tão em voga.

* Antitética.

* Imagino o do professor Filipe Duarte dos Santos a continuar o discurso com a

plateia vazia. Como o director de orquestra do vídeo do Maurício Kagel.

* Gostava de saber quanto pagam aos conferenciantes.

* Discurso dos limites ou de supervivência.

* Encaixa.

* Discurso Prometeano: que pensa que o engenho humano irá encontrar

soluções e substitutos para o limite de recursos.

B O Bs

* Depois do ritmo dos conferenciantes anteriores, esta parece butoh.

* Como um adulto sem convicção a tentar ser simpático para uma criança.

* 1 hora = 570 milhões de anos. O primeiro peixe apareceu as 6:52.

* Não é por dizer mal, mas parece que o prof é a primeira vez que esta a falar

sobre isto.

* “[…] Tudo isto fez-se com o mesmo cérebro […]”.

* Na nossa espécie a capacidade de evoluir está mitigada pelo ambiente estável

e seguro.

* O pilar institucional.

* Vamos lá acabar.

Quinta 31 de Maio

* 726

* Ontem foi uma noite especial com os amigos. A Daniela preparou um grande

jantar. O pc pifou. Fiquei a dormir. Problemas pelo vizinho de baixo estar

sempre em festa ( o piter diz que é excesso de alegria no coração).

* Esta manhã screening bem diferente. Discussão. Diálogo. Mostrei o vídeo dos

fósforos. O dRÉ o 100 e ?lex um poucochinho das mulheres.

* Almoço no pátio a estrear chapéu de sol. A Laura e a Cloe juntaram-se a

nos. A Laura me falou para fazermos um vídeo juntos. Fixe!

Primeiro passo:

2 caças caminho de Irak passam numa praia em Grécia onde se encontra

a Laura, grávida. ------- é sobre as imagens que não filmamos mas que

guardamos na memoria.

* Vamos ao Pedro Magalhães.

* A ciência política.

* A mão no bolso.

* “Praticantes das ciências duras” ?

* Cargo cult science.

* O Pedro receia que não é suficientemente optimista.

* Eu receio adormecer.

* Pluralismo realista.

* Sinto-me a flutuar. Já sabia que isto de tomar duche todos os dias…

* O observador e o que é observado à não ser mais papistas que o papa –

diz o Pedro.

* O prof. Magalhães tem daquelas vozes agradáveis mas que tendem a um

ritmo monótono, por tanto á sonolência.

* O prof. Magalhães fala com as mão nos bolsos e mexe os pulgares ao ritmo

do seu discurso.

* Porque é que eu não dormi em vez de estar pra aí a esve-crer um email.

* Tenho o nariz a pingar.

* Um mundo onde a única coisa é construir modelos.

* Uma fatia concreta da realidade.

* Gabriel Admond -à William Reich.

* Imaginem contudo que nada disto é verdade, fixe. Vamos, vamos a

imaginar.

* Presidencialismo e estabilidade democrática.

* “ Momentos que a historia escolheu para nos” […].

* Desenho de pesquisa observacional.

* Respira, respira.

* Ele assenta no seu tronco bem alimentado.

* Já percebi; olhar para cima: acordo, olhar para baixo e adormeço.

* O individuo é um actor básico da sociedade.

* Longo gole ao copo de agua, vão dois.

* “ […] São obscurecidos pelo uso da linguagem comum[…]”.

* A minha cabeça está agora num ângulo perfeito. Terceiro golo.

* Quarto golo.

* Aí em em pé com o copo de agua numa mão e a outra no bolso, quase

consigo ver o prof. Magahães a sair a noite com os amigos na sua

adolescência.

* Não consigo sintetizar aquilo que ele diz.

* É o máximo que podemos fazer e já é bastante, últimas palavras.

* Um senhor de cabelo branco e óculos pega no microfone e conferencia

também. Deviam, por tanto, pagar-lhe também a ele.

* Atrás de mim uma mulher loura comenta as perguntas do senhor de cabelo

branco e lenço vermelho na lapela do casaco.

* Agora o prof fala sentado á mesa. Às mãos sob mesa e a imagem dele

projectada no ecrã.

* Eurísticas.

* Partidos políticos ao centro – maximizar votantes. Agora interessante.

* Diálogo is best.

* Ele marca o ritmo com as mãos.

* Guerra Fria à investimento na ciência política.

* A riqueza sustêm os regimes políticos.

* Saímos a metade do filme.

* A Biuli diz que estressa com a sua falta de memoria, hoje não foi trabalhar.

* Vejo a bola de espelhos lançar minúsculos rectângulos de luz pelo quarto

todo.

1 de Junho

* Hoje desfrutei de uma sessão de massagem e acupunctura. É incrível a noção

do corpo que ganhamos quando somos espetados com agulhas.

* Á tarde telefonou o meu tio, entre outras muitas coisas para dizer que a

minha mãe é uma ladra.

* O Simão tem dois filhos: UAUHH!

* “[…] E agradecer sobretudo a vossa presença aqui […]”.

* O prof. Cícero.

* Civilizado, selvagem e bárbaro.

* O bárbaro do Levi Strauss.

* Bárbaro à aquele que julga as outras culturas segundo os critérios da

cultura a qual pertence. Etnocentrista à bárbaro.

* Três possibilidades

- a de aqueles que julgam as outras culturas segundo os critérios da cultura a qual pertencem

- a de aqueles que julgam as outras culturas segundo os critérios da cultura a qual não pertencem. Xenocentrismo (cultura adoptada).

- a de aqueles que julgam todas as culturas (inclusive a que se pertence) segundo os critérios que não pertencem a nenhuma cultura.

* Montaigne Descartes

Partem da negação da cultura a que pertencem

* O Cícero é o primeiro que enche o copo com agua da jarra.

* Há mais horror em comer um homem vivo que um morto – Montaigne.

* Desprovincianizado à Montaigne.

* A experiência nos faz ver uma enorme diferença entre devoção e

consciência.

* A ração não pertence a nenhuma cultura particular.

- crítica è o ser humano separa-se dos preconceitos da cultura a que

pertence.

* Descartes.

* Deve ser um gozo dar, assim, este banho de luz.

* RECUSSAR OS COSTUMES DO NOSSO POVO COMO MELHORES.

RELATIVIZAR.

* Viva a negação negante.

* Poeta, Schiller

Natureza <--------------------------------------à Cultura

A do/no ser humano dimensão da cultura

(ainda não determinada que enumera princípios

pela cultura) natureza morais.

criativa.

* Selvagem à a natureza prevalece sobre os sentimentos.

* O homem o lobo do homem.

* Glu glu glub.

* Formas putativas[mente] eternas.

* civilizado ---à não sufoca nem a natureza nem a cultura.

* Liberdade de nada fazer.

* Maximização da liberdade.

Diferentes modo de articular a relação entre cultura, liberdade

(selvagem, barbárie e civilizado)

* Perguntas.

* Cristo e Buda, bárbaros?

* O senhor de cabelo branco, o senhor Perguntão volta a atacar.

* Estabelecer o mínimo de convivência.

* O Hitler: artista frustrado.

* Tudo que você pode dizer do mundo é falsificável.

è tudo é falível ç

Só esta afirmação não o é, pois, pela negação se autoafirma.

* ninguém tem resposta final para como deve ser o mundo.

* Sociedade aberta: tudo pode ser criticado.

* A obra de arte tem que abrir a possibilidade de ser falsificada.

* O 3º filme de que me vou embora.

2 de Junho

* Última conferência.

* É em francês. Arrisquei e não peguei no tradutor. Com um bocado de sorte

irei perceber nada.

* A primeira imagem é a da escultura do grupo do Laoconte.

* Vamos à Danièle.

* A Danièle agradece o termos vindo. Isso eu percebi.

* A dor dos outros.

* O Pedro Barateiro sentado ao meu lado, tira os sapatos ficando de pé nu.

Grande Pedro. Olé!

* Ela também lê.

B O B



* A estética

- Crítica da arte

- Hª da arte

- Teoria do Laoconte

* Lê mas não olha para as pessoas.

* È fixe estar a ouvir uma língua que não falamos. Puxa pelos neurónios.

* EL DOLOR DE LOS OTROS. Le deuleur dês autres.

* Beleza grega é espiritual; Vinkerman (assim o ouvi).

* “[…] A posição de Lessing era semiótica […]”.

* Goethe à saber o que faz o artista; a produção da obra arte.

* O ar condicionado ligado; que coisa terrível: AR condicionado!

* Ver uma obra de arte é aprender a ver - - - o real é uma construção.

* O artista transforma seu olhar numa produção.

* A dor e a beleza contidas na mesma peça.

* O desgosto [degú] é uma excitação.

* A vários dias que tenho esta imagem de falar com o dedo enfiado no olho do

cu.

* Como conectarmos com as pessoas.

* Palavras que saem da boca vão ao ouvido. Palavras que saem do coração

chegam ao coração.

B O Bs

* A piedade é o sentimento universal. Uma orientação da atenção. Estado

arcaico do gosto.

* O rouxinol é um animal filosófico.

* A Danièle conta a fábula do rouxinol.

* Reparo nas pessoas que passam no jardim. A enorme janela é como um

quadro vivo.

* O essencial é que o desgosto existe.

* Lembro-me do filme O Grande Silêncio.

* A Daní levantou-se. Charme francês.

* Trocamos de imagem.

* Tédio…

* A atenção é a forma mais pura de generosidade.

* Na segunda cerveja com a Beatrice-friditrice e a Vera. Chega o som da

música afro-funk vinda do anfiteatro. Boa onda fora da cafetaria da Gulb.

* A Beatrice e eu passamos a noite a passear e falar. Ela é meio italiana meio

sueca. A sua última paragem foi a Índia.

Domingo 3 de Junho

* Querendo-me dar totalmente, sem limites, sem condições, sem filtros, sem

escolhas. Querendo, querendo, querendo . . .

* Reunião na brasileira.

* No tram azul, maluquice, desbunda, insanity of music, insanidade sonora.

Barateiro e Beatrice também cá estão ouvindo o concerto de jazz. O careca

zen de pau na boca na bateria. O barbudo pendurado num dos saxos, no

outro um tronco soprante. No contrabaixo o macaco maior do reino. Ritmos

alucinantes, que sonoridade! Eles – como dizia o dRÉ - comunicam a outro

nível, vivem noutro planeta; muito, muito longe desta Terra. Viva a liberdade

do

jazz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! shubi du bidu ui ui UHH

* Fiquei a conhecer a REAL; é onde a Beatrice está a ficar; e o João Fiadeiro.

Segunda 4 de Junho

* Bom dia

Dobry den

Está s o l, um dia lindo. Lá no jardim as plantas são dadas de beber; e a nos,

quem nos da de beber?

* 10h. Gulbenkian. Vamos … reunir?

* Ainda não, estamos nos apertos de mãos.

* 21:20 À mesa não se envelhece. Foi a Lia que disse. Vem do Brasil. A

primeira coisa que me faz sentido hoje.

* O coaxar dos sapos esgueira-se no espaço do CAM.

* 1º dia.

* O que vai na cabeça. O que já foi.

* Faz quase doze horas que estou aqui.

* Os passos da Juliana.

* O seu ecoar.

Terça 5 de Junho

* Ao computador, na residence… Hoje trouxe um tapete persa, engraçado

como as pessoas olhavam para mim na rua.

* Apanhar o metro – lá vai ele - …

* Cansado.

* A voz da senhora que diz as paragens fere os ouvidos.

* Em dúvida. Inauguração da Gulbenkian: 50 anos de arte portuguesa ou ir

descansar…?

* Penso no que fiz hoje, no que fizemos. Foi fixe pendurar a rede.

* Foi bem legal beber essa garrafa de vinho com os coleguinhas de ratoeira.

* Valeu terá Beatrice lá em casa para almoçar.

* Estômago vazio. A bater o cocktail de hortelã do Museu do Chiado.

* Quero ser melhor.

Quarta 6 de Junho

* Pastel de nata é um beijo nas boca bem gostoso – Lia.

* O diário está agora mais nas imagens.

Quinta 7 de Junho

* Sou uma pessoa cheia de contradições e impossibilidades – Lia.

* Pachus há sido operado hoy.

* Uma menina pequenina a andar no cavalo que trouxemos do lixo. A mãe dela

diz que tudo que eu pus aqui ela gosta. Faz-me pensar. Faz pensar me.

* À noite fomos ver dois espectáculos de marionetas. O de a –kljçlijkl, da

Sibéria foi beautiful como diria o Jimmie.

* Sinto que me deixo sugar a s energias pelo espaço físico-mental da Gulb.

* Preciso mudar o chip.

Sexta 8 de Junho

* Vamos a uma nova sessão com o doutor Pimenta

* Tava memo precisando, ay!

* Visita do dRÉ, sempre uma honra. Vemos Wich Only: fixe!

Sábado 9 de Junho

* Agora alem de máquina de café há chaleira eléctrica.

* Sonhar com ideias específicas.

Terça 12 de Junho

* A Daniela faz hoje trinta anos. STOLA STOLA nies yies…

* O Ong Ken Sem apresenta seu trabalho.

* Don´t flip your name.

* Who I am? Who I´m not?

* Translations CULTURES

* É engraçado poder ver o desktop do mac do Ong: skype.mg, chinoi.doc,

expenses may.

* Vemos vídeos dele.

* “[…] Please eradicate the roots of my nightmare and enable me to see […]

One of my selves is pure; one of my selves is obedient […]”.

* O Ong as vezes repete uma palavra, ex: which which.

* Mani – Pulate Mani + Pulait (eh)

Repetir

* Agora já sei o que é ser uma sardinha. Noite especial com dRÉ e Bea.

Quarta 13 de Junho

* Pachus tiene un pequeño tumor en la vejiga; esperando resultado de los

anállisis.

* Conversa com o Ong: FIXE!

* Reunião e jantar de anos em casa da Daniela e Piter. Muito BOM.

Quinta 14 de Junho

* Laura e Cloe visitam-nos.

* Daniela me echa una mano.

* Concerto do Miguel Azguime: O Itinerário do Sal, recomenda-se.

Sexta 15 de Junho

* Teatro nô: Kakitsubaka; grande meditação!

Sábado 16 de Junho

a

n

a

Quinta 21 de Junho

* A Ana foi embora esta manhã. Ay! Mi corazón…

* B O B

* Entretanto já aconteceram, entre outras coisas, o primeiro cooking, em frio;

da Ynaiê.

Os filmes encomendados pela Gulb. para O Estado do MunFDD.

Um jantar para 22 na REAL. Beatrice Rules! É lindo poder ver as pessoas

descontraírem e sorrir e sorrir, a gastar os sorrisos todos sorrindo.

O status e a sessão fotográfica.

Já disse da chegada do Celestino?

O chegarem as plantinhas.

O bidão-baca.

A still-ausência do fogão.

* Hoje é a noite dos contos, YUPI!!!

Segunda 25 de Junho

* O espaço do CAM está mudando. Quem me dera podermos ficar lá mais

Tempo; mais mudança, ou não. Ao menos entende-lo íamos / nos melhor.

* Temos bidon a funcionar.

* E algas.

* As plantas murcham rápido, do something I must.

* Vi o 33 da Joana no Maria Matos, gostei. Fixe; outras caras na mesma

pessoa.

* Entre elevadores agora há um laço.

* O Richard Wentworth, vestido de branco, deu uma masterclass, nela:

* How do we become culturally effective?

* Ele disse amar the ground.

* Intelligent hands.

* Ele disse que hoje a arquitectura é um ramo da moda.

* How to use liquids to make the world go hard?

* Where is art connected to morality?

* Artists are not very good talking about collaborative space.

* “[…] The baby was absolutely fresh […]”.

* FRICTIONAL SPACE

* To know where the values are, looking at history of art?

* The gap between us is really interesting.

* You need priests that are dressed like women.

* I am. Reality check: us.

* When illusion becomes delusion.

* Hoje tive um tutorial frustrado com ele.

Terça 26 de Junho

* IF YOU HAVE YOUR HEAD IN THE CLOUDS KEEP YOUR FEET ON THE

GROUND. IF YOUR HAVE YOUR FEET ON THE GROUND KEEP YOUR HEAD IN

THE CLOUDS.

>do John Cage by ?lex

* Un bebé-remesa.

* Pequeno almoço fora de horas e dentro.

No Bangla. AH! Tão bom o dhal picante comido com os dedos; e então os

lassies?

Domingo 1 de Julho

* Um novo mês.

Um mês novo.

* Houve primeira grande cozinhada e festa, ontem. Porque a Lia foi embora;

deixou um rasto de sorrisos e a lua cheia. Lindo!, mais linda ela.

* TEMOS FOGÃO!!! – e só esperamos 24 dias. Estou contente. Usamos.

* Com O Walid Raad do Atlas Group também não tive tutorial.

*

*

Segunda 2 de Julho

* Pingüinos Zombies Muertos

* Ontem a noite deu o Invisible Circus, mais outro filme ombigoide americano e

o único em que ate agora participei como figurante. Consegui verme de

costas em Alfama. Lembro-me de ficar-mos uma data de tempo ao sol do

meio dia, no verão e sem chapéu, e que apanhei um gajo com uma grande

lata+conversa e uma insolação do caraças. Outra experiência…

Terça 3 de Julho

* Retrasso o acordar

TANTO

Que acordo atrasado

* De barriga vazia e ânimo leve, vamos lá.

* 1 banana 1 maçã

* Uma queca com passas. Com pedacinhos, um sumo natural.

Quarta 4 de Julho

* Hoje apareceu uma rapariga em quanto a Ynaiê e eu cozinhava-mos. Ela tem

19 anos. Com filha. Falou do pai e começou a chorar. Depois fez-nos

companhia no almoço.

* O Walid Raad partiu os óculos na viagem.

* Rethink ----------- Resink ?

* Ele nasceu no Líbano mas fugiu para o Chipre porque não queria fazer parte

das milícias.

* Acabou nos EE.UU.

* Agora hora do Atlas Group.

* To train an artist --à An artist to train

* O João Paulo faz umas perguntas que vão ficando fade out no fim.

* A cara do Walid em quanto ouve é engraçada.

* I know how to frame.

* O Walid ficou com cara de poucos amigos quando eu perguntei-lhe o que é que o povo libanês pensa, como é que reage e como integra o seu trabalho.

Quinta 5 de Julho

* Nestas catacumbas não há rede.

* Desde ontem o forno está desligado. De aqui a pouco vou encontrar-me

como António Pinto Ribeiro (apr). Ele quer a teoria da comida. Também

vamos falar do projecto de som que a Susana, o Miguelangelo, o André e eu

temos desenvolvido.

* Estou no corredor do -2 a tomar um excelente café de máquina automática.

Penso que num mês deixarei de ver estes corredores, estas caras. Seja como

for, aqui e agora sinto-me bem.

* Vou tomar outro café.

* Hoje é noite de contos.

Sexta 6 de Julho

* Na masterclass da Lisette.

* Três copos transparentes de agua na mesa.

* A Lisette usa óculos e lê-se por trás RENATA LUCAS.

* Politizar a arte?. Estetizar a política?

Como fazer a diferença?

à W. Benjamim à a estilização da política = fascismo

* NINHO ß-------- planteando conceptos

Hélio Oiticica -------à alem da arte

-------- ver penetráveis

* Vida em prgresso

Processo em progresso

Progresso em processo

* ANtiarte à o começo de uma expressão colectiva

* Não fosse a Lisette brasileira e esta conversa seria muito chata.

Sábado 7 de Julho

* Na apresentação do Curso de Cinema da Gulbenkian.


* Tanta coisa me escapa. Tanta coisa que _ _ _ _ _ , e ainda bem.

* “ We enjoy teaching you” – diz uma das professoras do curso.

*

Passeio com a Vera

O Ebbe tinha ração:

from time to time we need feminine company.

Segunda 9 de Julho

* Camino detrás de una chica de amarillo y blanco. Huele increíblemente. Huele a un futuro azul.

* A tiempo es el Tiempo, sin tiempo, sin-tiéndo-me desmagar.

Quarta 11 de Julho

* O Suelnick começou mais uma masterclass.

* Ele parece um adolescente que acordou há 5 minutos.

* Lê (já tinha saudades das leituras) um texto sobre curar.

* To be busy with the future.

* O miúdo conhece o Jimmie Durham.

* Institutions = Flexibilty

Quinta 12 de Julho

* Contos.

A Eleonor apareceu lá - - - (a miúda de 19 anos) ela espreita a previsão

dos raios ultravioletas do instituto meteorológico português, por causa da

filha Cecília, Maria Cecília, como a avô dela que escrevia contos para crianças.

Ela ajudou a dar a luz ás velas - - - a Ana esteve lá também com seus filhos e

com a Patrícia, todos contadores; e o Carlos e gente da residência e mais

gentes e a Juliana com olhos de LA-go.

Uma noite para lembrar,

cheia de historias e risos e olhares perolares com som de rãs a baterem manteiga.